Diversas vezes escrevemos por aqui a respeito da importância dos exercícios. Quanto maior o nível de atividade física, maior o efeito protetor sobre eventos cardiovasculares e mortalidade. É importante combater o sedentarismo para evitar desfechos como infarto e diabetes. 

Mesmo em plena pandemia, com academias fechadas, exercícios moderados praticados individualmente são indicados porque além de reduzir a ansiedade e o estresse, melhoram a qualidade do sono, os níveis de glicemia, pressão arterial e praticamente todos os parâmetros fisiológicos possíveis.

Além disso, a má condição de saúde pode catapultar um paciente acometido pela COVID-19 para um estágio mais grave. Um estudo francês evidenciou que a necessidade de ventilação mecânica invasiva foi maior em pacientes com índice de massa corporal (IMC) elevado – uma das consequências da falta de mobilidade – chegando a 85,7% nos pacientes com COVID-19 e IMC igual ou superior 35. Além disso, o risco de hospitalizações foi 32% maior para pessoas fisicamente inativas. O trabalho está citado na revista SOCESP.

Para controlar o seu ritmo de forma simples, pense assim: intensidade moderada é quando conseguimos conversar construindo frases completas, sem interrompê-las para buscar oxigênio. Já quando a atividade física é intensa, interrompemos seguidamente a fala para tomar fôlego. Mas não se esqueça: qualquer sinal de desconforto (dores no peito, falta de ar e dores articulares, por exemplo) irá requerer orientação médica.

A frequência não interfere na intensidade do exercício. No entanto, o ideal é que a prática aconteça no mínimo três vezes por semana (150 a 300 minutos por semana). Menos que isso, os efeitos positivos são muito pequenos. É importante lembrar ainda que, com o passar do tempo, o moderado pode virar leve.

Tarefas cotidianas são excelentes alternativas para manter-se fisicamente ativo: varrer a casa, arrumar o jardim, cuidar da horta, lavar louça, arrumar armários e brincar com animais de estimação, entre outras. Abaixo outras formas de fazer exercícios sem academia de ginástica:

  • Coloque uma música e ande rapidamente pela casa ou suba e desça as escadas por 10 a 15 minutos, duas ou três vezes ao dia;
  • Dance do seu jeito, ao som da sua música favorita;
  • Caso não tenha problemas nas articulações, pule corda;
  • Utilize esteira ou bicicleta ergométrica, quando disponíveis na residência ou no condomínio;
  • Pratique ioga para reduzir a ansiedade. Se ficamos menos ansiosos, comemos menos também;

Já os exercícios de força devem ser feitos sempre atentando para as limitações (problemas no joelho ou na coluna, por exemplo). Para seguir essa rotina mesmo sem frequentar um centro de treinamento, é possível baixar aplicativos no celular e acompanhar as dicas oferecidas por professores de educação física.

A COVID-19 está nos obrigando a repensar hábitos. De certa forma, o momento é propício para reajustarmos rotas, perseverando com novas escolhas saudáveis. O exercício é uma ferramenta para mudarmos nossa história para melhor. 

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