Com semanas após a descoberta do primeiro caso da Sars-CoV-2 no Brasil e o luto pelas milhares de pessoas vitimadas pela pandemia, o País já se habitua a uma rotina de cuidados para impedir a propagação do vírus.

Como nunca, uma atitude comunitária e de respeito ao próximo tem se mostrado muito eficaz na diminuição do número de novos casos da COVID19: o uso de máscaras e o cumprimento de distanciamento social. Com a vacina no horizonte de um ano em previsões otimistas, o engajamento das população nos métodos de prevenção é fundamental para o controle da doença. E ainda que hajam focos de resistência ao uso de EPI (equipamento de proteção individual), a ciência tem mostrado que o uso frequente das máscaras, escudos protetores, lavagem de mãos e isolamento estão determinando a vitória contra o chamado coronavírus.

É sabido que 80% das pessoas infectadas não apresentam sintomas, então com o uso das máscaras, impede-se que essa população seja transmissora do vírus, afirmou o primeiro estudo do gênero, publicado na revista Nature Medicine, em 3 de abril. Do outro lado, com o uso de máscara, quem não está infectado estará 5 vezes mais protegido do que se não usar nenhuma barreira, aponta uma reportagem do jornal The Guardian.

Em porcentagem, o risco de contágio entre pessoas com e sem máscara:

– Portador de COVID19 (assintomático e sem máscara) X pessoa saudável com máscara: 70% de chance de contaminação.

– Portador de COVID19 (assintomático e com máscara) X pessoa saudável sem máscara: 5% de chance de contaminação.

– Portador de COVID19 (assintomático e com máscara) X pessoa saudável com máscara: 1,5% de chance de contaminação.

 

Imagem produzida com a técnica Schlieren pela empresa alemã LaVision mostra como o uso de uma máscara bloqueia e reduz o risco da transmissão através de gotículas produzidas pela respiração, tosse ou espirro.

No entanto, apesar de sua eficácia comprovada, as máscaras precisam ser manuseadas com cuidado: deve-se higienizar as mãos antes de colocá-las e, então, segurar a máscara pelos elásticos laterais na hora de colocar ou tirar do rosto. Quando ficar úmida, ela deve ser trocada por outra limpa e a suja deve ser armazenada separadamente.

Como usar sua máscara de forma correta:

 

Esquema ilustrativo do portal Minha Vida.

Ao passo que o uso de EPIs diminuem o risco de contaminação, novos estudos alertam para a presença do Sars-CoV-2 em tamanhos microscópicos no ar, são fragmentos chamados aerossóis. Essa transmissão aérea cai significativamente se o ambiente estiver ventilado e respeitada a distância entre as pessoas, isso ajuda muito a frear a infecção.
De acordo com a análise de 172 estudos, realizados em 16 países e publicado na revista científica The Lancet, ao se manter dois metros longe de alguém, as chances de contaminação ficam entre 6% e 7%, enquanto a um metro de distância o risco é de 13%.

Seja um agente de defesa e que interrompa o ciclo de contaminação. Quantos mais pessoas protegidas, menos o vírus vai circular e mais rápida será a retomada da rotina de todos.

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