De acordo com a Sociedade Brasileira de Doenças Cerebrovasculares, 90% dos casos de AVC podem ser evitados. Apesar de 15,6 milhões de pessoas terem morrido por acidente vascular cerebral no último ano, o combate ao colesterol alto, à obesidade, pressão alta e diabetes é a mais eficaz ferramenta para não fazer parte dessa triste estatística. Sabe-se que o AVC é a segunda maior causa de morte nos últimos 15 anos.

O acidente vascular cerebral ocorre quando há uma alteração no fluxo de sangue do cérebro e é provocado pelo rompimento ou obstrução de um vaso sanguíneo. Dores de cabeça muito fortes, acompanhadas de vômito, fraqueza, dormência na face são alguns sintomas. Por ser uma emergência médica, precisa haver atendimento com urgência e este tempo pode contribuir para eventuais sequelas.

Existem dois tipos de AVC, o acidente vascular hemorrágico e o acidente vascular isquêmico.

O acidente vascular hemorrágico é o tipo mais grave e acontece quando um vaso se rompe, levando a um sangramento no cérebro. Há dois tipos de AVC hemorrágico: o intracerebral, quando o sangramento está localizado dentro do cérebro, e a hemorragia subaracnóide, na região entre o crânio e o cérebro. O tipo hemorrágico responde por 13% a 20% do total dos AVCs.

Já o acidente vascular isquêmico, que é o tipo mais comum, é causado pela interrupção no fluxo de sangue em uma região específica do cérebro. A falta de sangue, que também é responsável por levar oxigênio aos tecidos, causa danos às funções neurológicas e pode paralisar temporariamente o paciente. Também conhecido como isquemia cerebral ou derrame, o acidente vascular isquêmico é responsável por cerca de 87% dos AVCs.

A maior parte dos acidentes vasculares isquêmicos e hemorrágicos apresentam os mesmos sintomas:

  • – Dor de cabeça muito forte, às vezes acompanhada de vômito;
  • – Fraqueza;
  • – Dormência na face, nas pernas ou nos braços, em geral em um dos lados do corpo;
  • – Dificuldades motoras, problemas na movimentação;
  • – Incapacidade de comunicação, perda da fala;
  • – Dificuldade para enxergar com um ou ambos os olhos.

O AVC pode deixar sequelas leves ou graves, temporárias ou irreversíveis. Entre as mais comuns, estão as paralisias nos membros do corpo e problemas de visão, de memória e de fala. A falha de memória também é comum após o AVC e pode haver confusão mental. Oscilação do apetite também é frequente e o paciente pode ter dificuldade para se alimentar.

QUE PROVIDÊNCIAS TOMAR?

Diante da menor suspeita de um AVC, o paciente deve ser levado a um pronto-socorro imediatamente, pois a rapidez do diagnóstico e do tratamento influenciarão no nível de sequelas. Recentemente, um estudo relacionou a baixa temperatura ao crescimento do risco de AVC. Isso porque o frio normalmente muda as características do sangue. “Baixas temperaturas causam maior viscosidade do sangue, maior processo inflamatório, mais lesão de parede. Essas alterações levam à sobrecarga do coração para poder manter fluxo e pressão. E o aumento da pressão em uma pessoa mais idosa, já com fragilidade da parede do vaso, pode levar à ruptura e a um AVC hemorrágico”, explica o médico Alfésio Braga, pesquisador do Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina da USP.

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