Encontro Nacional de Serviços e Atenção Domiciliar, ENCONSAD – que sempre conta com nossa participação – não pode ocorrer da maneira como estava planejado, sendo adiado para setembro. Mas um webinar realizado no final de maio, entre gestores de saúde e médicos, discutiu a integração dos serviços de saúde para o enfrentamento nos momentos de crise e os destaques da discussão foram muito importantes para reafirmação de algumas iniciativas. Participaram do debate a médica Christina Ribeiro, diretora do ENCONSAD, Mariana Borges, que coordena a atenção domiciliar no Ministério da Saúde, Andréa Prestes e Rui Cortes, que são gestores hospitalares em Portugal, e Frederico Berardo, da Premium Care.

Na visão da médica diretora do ENCONSAD, a rede de atenção pode avançar mesmo com a situação atual, pois organizada sem desperdício buscará principalmente na interdisciplinaridade a sua melhoria. Na experiência de Mariana Borges, por exemplo, que atua no SUS, a perspectiva da atenção domiciliar pública representada pelo programa Melhor em Casa, será positiva. A rede tem conseguido atender pacientes que precisam de desospitalização e tem fornecido os cuidados aos crônicos para que eles não agudizem. A partir da crise da COVID-19, haverá mais intercomunicação entre as partes, corroborando a visão da diretora Christina Ribeiro.

Hoje, o Melhor em Casa alcança 71 milhões de pessoas. São 1446 equipes em 577 municipios de 26 estados e o uso de telemonitoramento por telefone, com criação de fichas, está sendo bastante fundamental nessa evolução.

Busca-se uma mudança de paradigma, um interrompimento do modelo hospitalocêntrico (deixando a procura pelo hospital apenas em casos mais graves), devolvendo pacientes crônicos para a atenção primária, consequentemente, abrindo vagas para agudizados; A pandemia também tem evidenciado a importância da integralidade: prevenção, promoção, atenção primária e, depois, a terapia.

O setor de clínicas de transição, como o do GRUPO GERIATRICS também dá sua contribuição: Atendendo pacientes que não necessitam de mais investigação diagnóstica, mas precisam usar serviços que ainda não podem ser oferecidos em casa, como reabilitação intensiva, cuidados paliativos e prolongados.
Embora o número desse tipo de assistência no Brasil seja de 1300 leitos no Brasil (um número tímido em comparação ao 1 milhão de leitos em clinica de cuidados nos EUA), criam-se fluxos mais rápidos para desospitalização e consolidam-se novas lições para o futuro.

Veja abaixo o vídeo completo do webinar:

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