Em maio, durante o XIII Simpósio sobre Alzheimer, no Rio de Janeiro, mesas de discussão e palestras com especialistas médicos apontaram novas abordagens sobre a doença e desmistificaram dúvidas a respeito dela.

O evento em parceria com a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, teve patrocínio do GRUPO GERIATRICS e, nos próximos dias, destacaremos o que os palestrantes expuseram.

Um dos debates mais proveitosos foi o de intervenções terapêuticas. O médico Rogério Panizzutti falou sobre neuroplasticidade, que vem a ser a recuperação de neurônios quando sujeitos a, por exemplo, treinos cognitivos. Sabe-se que o sistema nervoso é capaz de adaptar-se quando posto a novas experiências. A defesa do doutor concentrou-se em que exercícios intelectuais ou até mesmo video-games têm efeito positivo no cérebro, que mesmo após dez anos da “exposição” continua a se moldar. E o melhor, ainda em pacientes com mais de 65 anos os efeitos de exercícios cognitivos continuam a apresentar resultados; não existe idade para deixar de estimular os neurônios. Inclusive, com uma programação de exercícios desde jovem, gastos com pacientes que poderão desenvolver Alzheimer são reduzidos no sistema de saúde.

A maior expectativa de vida no século 21 aumentou, claro, a ocorrência do mal de Alzheimer e a relevância que se dá ao assunto. Nenhum aspecto deve ser negligenciado ou visto com preconceito. Terapias não medicamentosas, como yoga e meditação, são importantes, por exemplo, para o senso de equilíbro do paciente, bem como no stress que a situação provoca; isso influencia na relação dele com seus familiares, ponderou o doutor Jerson Laks.

Uma dieta nutritiva, como em qualquer circunstância, é fundamental para o bom desenvolvimento da atividade cerebral. A médica Beatrice Carvalho chamou atenção para o equilíbrio na escolha dos alimentos. Não é preciso radicalismos e cortar comidas que dão prazer as pessoas, apesar de serem gordurosas. Importam mais o balanceamento de vitaminas e a satisfação pessoal. Por exemplo, citou a dieta mediterrânea, que troca manteiga por azeite, é rica em peixes e leva menos sal, o que foi também saudado como positivo pela doutora Marli Borborema.

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