Neste 1 de outubro o Brasil comemora o Dia Nacional do Idoso. Em sete décadas, a média de vida do brasileiro aumentou 30 anos saindo de 45,4 anos, em 1940, para 75,4 anos, em 2015. As projeções indicam que o Brasil será, em 2050, o sexto país com maior número de pessoas acima de 60 anos no mundo. Preparar as escolas, os negócios, as organizações e as pessoas para o aumento da expectativa de vida da população é uma tarefa de todos e deve andar concomitantemente com a organização da rede de atenção à saúde para a oferta de cuidados longitudinais.

O número de pessoas com idade igual ou superior a 60 anos vai mais que dobrar no mundo em 2050, passando de 900 milhões em 2015 para cerca de 2 bilhões. Segundo a ONU, o envelhecimento populacional é uma das megatendências para o século.

Com maior expectativa de vida também muda a percepção que temos de nós próprios ao alcançar 50 anos. Se era raro chegar com saúde nessa idade durante a década de 40, atualmente estamos em plena atividade com os mesmos 50 anos, consumindo bastante, ainda produzindo intelectualmente e contribuindo com a economia.

Em 1945 só 5% das pessoas tinham mais de 60 anos.

MERCADO DE CONSUMO E MARKETING

Essa é uma oportunidade percebida pelo mercado. Empresas especializadas em marketing, como a Hype50 realiza consultorias para organizações que pretendem melhorar a relação com esse público, entender seus hábitos e vender melhor. É que apesar de possuírem considerável poder de compra, mulheres maiores de 55 anos, por exemplo, não se sentem abraçadas e representadas por marcas de diferentes segmentos. Pesquisa Wellness & Beleza Prateada de 2020 mostra que 40% desse público se declaram insatisfeitos com a oferta de produtos e serviços para consumidores dessa faixa etária, informa reportagem do jornal Estado de São Paulo.

SAÚDE PÚBLICA PARA O IDOSO

Por outro lado, como preparar o corpo para uma vida de 120, 150 anos? O grande desafio é fazer com que todos vivam bem esse novo envelhecer e que isso aconteça de forma rápida. De acordo com pesquisas promovidas pelo Ministério da Saúde, 25,1% dos idosos tem diabetes, 18,7% são obesos, 57,1% tem hipertensão e 66,8% tem excesso de peso. As doenças crônicas não transmissíveis são responsáveis por mais de 70% das mortes do país.

É essencial não só aumentar o número de anos de vida, mas também os anos em boa saúde. Os fatores de risco, tanto ambientais como comportamentais, precisam ser reduzidos ao mesmo tempo que os fatores de proteção precisam aumentar para garantir que as doenças crônicas e o declínio funcional possam ser prevenidos ou adiados. O cuidado deve ser integrado e personalizado, caso necessário.

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