Desde os primeiros casos, na década de 80, a vida dos infectados teve grande melhora graças à novas drogas que mantém a vida dos pacientes com bastante qualidade. Porém não chegou-se ainda à cura da doença e os cuidados são contínuos.
Esses são aspectos que, por outro lado, fizeram bastante gente se descuidar, especialmente a camada de jovens entre 15 e 24 anos que atualmente é a faixa etária na qual a contaminação está mais veloz. “O que chama a atenção é o crescimento da Aids na juventude. É um fenômeno global. É uma juventude liberal que não viveu a epidemia quando não havia recursos, nem conheceram os símbolos da luta contra a doença, como Freddie Mercury e Cazuza”, disse Fabio Mesquita, diretor do departamento de DST do Ministério da Saúde ao jornal Folha de São Paulo. Os números mostram isso: Em 2014, a taxa de detecção por 100 mil habitantes foi de 6,7 na população de homens de 15 a 19 anos. Em 2005, a taxa era de 2,1 por 100 mil. Já no grupo de 20 a 24 anos, a taxa passou de 16 casos por 100 mil habitantes, em 2005, para 30,3 casos por 100 mil habitantes em 2014.
Tratamento e auto-teste
Entre as medidas pelas quais busca-se mudar estes números está a do diagnóstico mais cedo possível. Isto é, se o paciente fizer o teste e descobrir que tem o HIV, em tese não contaminará tantas pessoas com sexo desprotegido e iniciará rapidamente o tratamento, que diminuirá a carga do vírus no sangue, até torná-lo indetectável (com a medicação constante, claro). Nesse sentido a Anvisa em 2015 aprovou o autoteste, que poderá ser adquirido em farmácias no ano que vem , conforme estimativas do Ministério.
Outra frente está na batalha por um procedimento chamando de PreP. Trata-se de uma sigla para protocolo pré-exposição. Isto é, uma pessoa que toma diariamente um comprimido que contém as substâncias ativas usadas no tratamento do HIV, consegue 99% menos chance de ser contaminado pelo vírus. Aplicada essa medicação a extratos mais vulneráveis da sociedade, como o da faixa etária até 24 anos, poder-se-ia diminuir o contágio e dar um excelente passo no combate à AIDS.
Estas acima são medidas, porém, com alto custo financeiro. É importante reforçar para a sociedade que o uso do preservativo em todo ato sexual continua a melhor arma de extermínio do HIV. Assim, incentive sua rede de amigos a postar nas redes sociais algo em favor da campanha pela camisinha. Vamos fazer de dezembro um verdadeiro marco na luta contra a AIDS.