A população brasileira está cada vez mais velha. Um novo levantamento realizado pela Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado dia 22, aponta que pessoas com 60 anos ou mais representam 14,7% da população residente no Brasil. Em números absolutos, são 31,23 milhões de pessoas. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua).
Nos últimos nove anos, o contingente de idosos residentes no Brasil aumentou 39,8%. Em 2012, quando teve início a série histórica da Pnad Contínua, moravam no país 22,34 milhões de pessoas com 60 anos ou mais, representando na época 11,3% de toda a população residente.

O IBGE também constata que há uma tendência de queda na proporção da população mais jovem. Em 2012, 49,9% dos residentes no Brasil tinham menos de 30 anos. No ano passado, apenas 43,9% dos moradores do país situavam-se nessa faixa etária. As estimativas apresentadas no levantamento apontam ainda uma redução da população mais jovem em números absolutos. Há hoje no país cerca de 131,93 milhões de residentes com menos de 30 anos, 5,4% a menos do que em 2012.

As mudanças demográficas mapeadas na Pnad Contínua fornecem subsídios para decisões administrativas, como políticas públicas relacionadas à previdência social, à saúde pública, às vagas nas escolas. Com a realização do censo demográfico neste ano, será possível fazer uma revisão melhorando a precisão dos resultados.

DISTRIBUIÇÃO ETÁRIA DA POPULAÇÃO BRASILEIRA

PLANO DE SAÚDE

A quantidade de vinculados em planos médico-hospitalares direcionadas a idosos, com 60 anos ou mais, acumulam sucessivos crescimentos nos últimos 20 anos no país. Entre março de 2002 e o mesmo mês deste ano, os vínculos saltaram de 3,4 milhões para 7 milhões, ou seja, mais que duplicaram, com alta de 107,6%. As informações são do Panorama dos Idosos Beneficiários de Planos de Saúde no Brasil, desenvolvido pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (Iess).

De acordo com o estudo, do total de beneficiários, em março de 2022, o maior volume está no grupo etário de 60 e 69 anos (52%), seguido por 70 a 79 anos (31%) e idosos com 80 anos ou mais (18%). A maior prevalência (60%) é do sexo feminino correspondente a 4,2 milhões de vínculos. Além disso, São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro são os estados que têm mais idosos tanto na população (45% do total) quanto entre os beneficiários (63% do total).

Levando-se em conta a progressão nas duas décadas, a análise revela que o grupo de pessoas com 80 anos ou mais foi o que mais cresceu (194%). A quantidade de vínculos praticamente triplicou, saindo de 422,7 mil, em março de 2002, para 1,2 milhão em março de 2022. Na sequência, aparece a faixa entre 70 e 79 anos, que dobrou o número de beneficiários, passando de 1,1 milhão para 2,2 milhões.

Com o envelhecimento da população, vem caindo a razão de dependência etária dos jovens e aumentando a dos idosos. Tal indicador aponta o peso do segmento etário considerado economicamente dependente sobre o grupo potencialmente ativo.

Para emergências:        +55 21 3262-0100