No chamado Setembro Amarelo as atenções voltadas para a prevenção do suicídio levantam questões como depressão e ansiedade, frequentemente associadas com as razões que levam as pessoas a não terem mais energia para manter a saúde mental.

Por trás dessa solidão e do esgotamento, aponta-se que o efeito negativo da falta de conexões com a família, consigo próprio, o trabalho ou atividade de prazer é o que mais tem trazido danos ao estado emocional dos indivíduos. Um artigo publicado no jornal americano Washington Post, escrito pelo psiquiatra Gregory Scott Brown, autor do livro The Self-Healing Mind: An Essential Five-Step Practice for Overcoming Anxiety and Depression, and Revitalizing Your Life, vai ao encontro dessa premissa.

Para Scott Brown, uma conexão significativa promove um senso de pertencimento e propósito, ajudando a nos sentirmos menos desconectados e sozinhos. E para os introvertidos, ele opina:

Existem várias maneiras de criar essas conexões, e nem todas envolvem estar com outras pessoas.

Há técnicas para conexão, como por exemplo:

      • Reservar um tempo no início ou no final do dia para ficar sozinho.

      •  Meditar caminhando durante o intervalo do almoço ou outra parte de folga do dia.

      • Desligar o fone de ouvido durante o trajeto do trabalho para estar mais presente.

      • Praticar a atenção plena.

      • Manter em um diário.

    O exercício deve ser perguntar a si próprio em que momentos você se sentiu mais vivo e empolgado com a vida ou aberto a possibilidades. Perguntar a si mesmo o que estava fazendo naqueles momentos, e com quem estava, o que te motiva, te inspira e te permite sentir paz e realização. Para algumas pessoas vale o tempo gasto brincando com os filhos e para outros é a prática de esportes ou atividade artística. Outras pessoas preferem caminhar sozinhas na natureza.

    Pode ser difícil fazer novas conexões, especialmente à medida que envelhecemos ou estamos em uma fase de transição de nossas vidas, como um divórcio ou viuvez. Encontros com interesses comuns, terapia em grupo e centros religiosos são alguns lugares para encontrar e formar conexões significativas; focar em relacionamentos que têm potencial para aprofundamento e compreensão.

    RELIGIÃO E ESPIRITUALIDADE

    A espiritualidade não se limita à religião. É uma conexão com o eu interior ou com o ambiente externo. Ou se a pessoa for religiosa, com um poder superior. Scott Brown comenta que um paciente disse que a oração o havia ajudado a acalmar sua ansiedade decorrente de estresse pós-traumático. Outros pacientes descrevem o altruísmo e o trabalho voluntário como uma forma de espiritualidade que lhes permitiu sentir um senso de conexão e propósito.

    Depois de identificar as conexões que têm significado para você, reserve um tempo para aprofundá-las, criando limites em torno de qualquer coisa que distraia dessas intenções.

    Para emergências:        +55 21 3262-0100