O suicídio é considerado pelo Ministério da Saúde como um problema de saúde pública, tirando a vida de uma pessoa por hora no Brasil, mesmo período no qual outras três tentaram se matar. Trata-se de um problema que se pode prevenir na grande maioria das vezes e esse é um dos maiores esforços do CVV, um serviço gratuito de escuta, no número 188.
O CVV foi fundado por jovens preocupados com o grande número de pessoas que tentavam tirar suas vidas no Brasil. Eles acreditavam (e acreditamos ainda hoje) que a atenção, o olhar e o escutar atento, a empatia, o apoio e o acolhimento das emoções e dos nossos sentimentos de cada dia podem ajudar genuinamente uma pessoa a se sentir confiante, aceita e, com isto, mais capaz de lidar com suas emoções, compreender suas dores, dificuldades, desejos e, assim, buscar ajuda.
O estudo e a discussão do tema suicídio é uma das formas mais eficientes de se promover a prevenção, pois esta só é possível quando a população, os profissionais da saúde, os jornalistas e governantes têm informações suficientes para conduzir as medidas adequadas e ao seu alcance nessa frente.
Seguidores das teorias humanistas, que priorizam a conversa e a escuta com empatia de um ser humano com outro, o CVV fez o primeiro atendimento em março de 1961, desde então os números são impressionantes. No segundo trimestre de 2023, os voluntários do CVV atenderam cerca de 650 mil ligações, número próximo ao registrado no ano anterior, que somou 690 mil. Maio foi o mês com maior volume de ligações atendidas, com 227.614. Algo curioso observado é que em maio de 2022 o patamar foi muito similar: 227.524.
A média mensal de ligações atendidas ao longo do último ano foi de 251 mil (julho de 2022 a junho de 2023). Neste primeiro semestre de 2023, os voluntários do CVV atenderam mais de 1 milhão de ligações, uma média de 7.500 por dia.
O propósito, sempre, é acolher pessoas e seus sentimentos mais profundos, com sigilo, disponibilidade e respeito às estórias e desabafos que compartilham com nossos voluntários.
CVV EM NÚMEROS
- 3500 voluntários;
- 3.431.628 apoios emocionais em 2022;
- 110 postos de atendimento em 24 estados do Brasil;
- 2.800.000 contatos além dos atendimentos telefônicos (palestras, grupos de apoio, cursos).
