Esta é a Semana Nacional de Mobilização e Luta Contra a Tuberculose. De 24 a 31 de março as autoridades de saúde fazem um mutirão para chamar atenção da população e convidá-la a realizar o diagnóstico e procurar o tratamento. A tuberculose é a doença infecciosa que mais mata no mundo, com 10 milhões de novos casos por ano e 1,6 milhão de óbitos. Os números impressionam e acabaram por levar a Organização Mundial da Saúde a estipular a meta de diminuir em 90% a quantidade de mortos pela doença e em 80% a de infectados até 2030.

No Brasil, a tuberculose é um problema de saúde pública. Em 2022, cerca de 78 mil pessoas adoeceram por tuberculose no país. O número representa um aumento de 4,9% em relação à 2021, segundo informações da edição especial do Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde.

O diagnóstico precoce é fundamental para iniciar o tratamento no tempo correto e aumentar as chances de cura, principalmente entre a população que tem maior risco para sintomas graves. De acordo com orientações do Ministério da Saúde, as pessoas com sintomas da doença devem procurar uma unidade de saúde para avaliação e realização de exames. O contágio ocorre pelo ar, através da tosse, espirro e fala da pessoa que está doente que lança os bacilos no ambiente. O principal sintoma é a tosse, principalmente quando ela dura mais de três semanas.

É importante, também, que os contatos mais próximos de uma pessoa com resultado positivo para a tuberculose sejam testados. A essa campanha se dá o nome de Março Vermelho (cor usada também para alertar sobre o câncer renal).

CORES DE MARÇO

Em março surge uma disputa acirrada pela cor do mês no calendário da saúde. Mas sendo celebrado a Data Internacional da Mulher no dia 8 do mês, assumiu a prevalência as campanhas do Março Lilás, que miram conscientização sobre prevenção do câncer do colo do útero; Depois, Março Amarelo, que faz referência à conscientização sobre a Endometriose, doença crônica que acomete as mulheres. E Março Azul-Marinho, que se refere a conscientização sobre o câncer colorretal ou câncer de intestino, segundo tipo de câncer mais comum no Brasil, tanto em homens quanto em mulheres, segundo o Instituto Nacional do Câncer – INCA.

A causa da alta incidência de óbitos relacionadas ao câncer colorretal se dá pelo fato de ter sua chance de cura reduzida a partir do surgimento dos sintomas, sugerindo que haja um esforço nas ações de diagnóstico precoce. Alguns sinais devem ligar o alerta: sangue nas fezes; mudança no hábito intestinal; dor ou desconforto abdominal, tipo cólica, com gases e associado ao inchaço abdominal; evacuações dolorosas;

Dentre as possíveis causas, especula-se que o consumo excessivo de bebidas alcoólicas, carnes vermelhas, embutidos e carnes processadas, além do baixo consumo de frutas, legumes e cereais integrais, aumentam a probabilidade do seu desenvolvimento. Existem casos, ainda, associados à hereditariedade, identificados quando existe um histórico familiar.

MARÇO LILÁS

Março é um mês importante para as mulheres, não só pelo Dia Internacional da Mulher e tudo que este representa, mas também por ser o mês de conscientização sobre prevenção do câncer do colo do útero – quarta maior causa de morte de mulheres por câncer no Brasil, segundo o INCA.

A principal forma de prevenir o câncer de colo do útero é realizando o exame preventivo Papanicolau, que deve ser feito de 3 em 3 anos, por todas as mulheres com idades acima de 25 anos e que possuem vida sexual ativa. Ainda é importante o uso de preservativos durante as relações sexuais e, principalmente, a vacina contra o HPV – disponível para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos. A vacina reduz em 70% a chance de desenvolvimento do câncer de colo do útero e em 90% das verrugas genitais. Apesar de ser uma doença grave, quando o diagnóstico é precoce as chances de cura são de 80% a 90%.

MARÇO AMARELO

Endometriose é uma patologia crônica, ou seja, que não tem uma cura definitiva e as mulheres afetadas, infelizmente, irão conviver com ela pelo resto da vida. A doença ocorre quando o endométrio, tecido que reveste o útero, cresce em localização extrauterina, principalmente nos órgãos e nas estruturas da pelve feminina.

Os sintomas podem vir como dor forte em forma de cólica durante o período menstrual; dor durante as relações sexuais; dor e sangramento ao urinar e evacuar; fadiga; entre outros. Com isso, surgem as cólicas intensas e os incômodos. Além disso, a endometriose possui ligação com a infertilidade. Estima-se que quase 50% das mulheres afetadas por ela possuem dificuldades para engravidar.

Para emergências:        +55 21 3262-0100