O Ano de 2017 deve ser melhor do que 2016, mas ainda longe de termos uma recuperação forte e consistente da atividade econômica. O que é mais provável de acontecer é uma estagnação da economia, deveremos ter alguma piora,pelo menos nesse primeiro semestre, e depois uma tendência da economia andar de lado, mas não devemos assistir uma queda tão acentuada do PIB – Produto Interno Bruto(Valor dos bens e serviços que o País produz na indústria, serviços e agropecuária), que nos dois últimos anos caiu 3,8% em 2015, 3% em 2016. Acredito que iremos interromper essa tendência de queda acentuada do PIB esse ano, e se o governo e o congresso fizerem o dever de casa poderemos sonhar com um 2018 bem mais promissor.

Ainda em 2017 temos os temas polêmicos que terão que passar pelo congresso tais como: as reformas previdenciária e trabalhista, a discussão do pacote anticorrupção e o socorro aos estados à beira da falência.

O desemprego no país está na casados 11,9%,segundo dados de novembro do IBGE, temos 102 milhões de brasileiros compondo a população economicamente ativa, e aproximadamente 12 milhões de pessoas desempregadas, este ano infelizmente ainda deveremos ter um aumento do desemprego no pais, talvez a níveis próximos dos 13%.

A inflação deve recuar, devido a própria recessão que o País se encontra. A taxa de juros apesar dos últimos cortes feitos pelo Governo, ainda está em um patamar bastante elevado. Os cortes que devem continuar, deveriam ser mais contundentes, pois um dos maiores inibidores de investimentos no setor produtivo é exatamente a taxa de juros alta. Se a queda dos juros for muito lenta, irá demorar muito para trazer algum impacto positivo na economia do pais ainda este ano.

O nosso quadro fiscal ainda deve ser bastante complicado em 2017, pois os impactos das medidas de austeridade aprovadas pelo governo só serão sentidos no longo prazo, uma redução no déficit teria que vir atrelado ao aumento da arrecadação o que não deve acontecer esse ano devido a recessão.

Temos ainda dois temas bastante delicados: “Credibilidade e Estabilidade”. Em tempos de operação Lava Jato esses são temas bastantes sensíveis, pois o desdobramento das últimas as delações podem ter um impacto profundo tanto no governo quanto no congresso, principalmente a delação do pessoal Odebrecht que está para ser homologada,portanto muita coisa ainda pode vir à tona.

O câmbio ainda estará bastante indefinido, pois a oscilação do dólar é muito sensível aos temas “Credibilidade e Estabilidade”, além disso temos as questões externas que sempre influenciam a cotação da moeda.

No cenário externo temos o início de um novo governo nos EUA com o presidente Donald Trump que ainda é uma incógnita para o mundo. Existem questões polêmicas a serem tratadas pelo novo presidente americano que já avisou a sua intenção de rever vários pontos da política externa praticada hoje pelo EUA.   O banco central americano (FED) já avisou que vai aumentar a taxa de juros do país, o que por si só atrai mais investimentos para o EUA em detrimento de outras economias no mundo. A Economia da Europa deve continuar fraca,existem vários países da zona do euro em dificuldades. Temos também a possibilidade de outras nações quererem abandonar o Euro o que sempre acaba trazendo instabilidade.

Mais uma vez gostaria de dizer que independente do cenário o importante é que estejamos sempre dispostos a construir juntos, pois ninguém faz nada sozinho.

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