Em junho são realizadas campanhas de prevenção e conscientização sobre a saúde do sangue. Além do Junho Vermelho, dedicado ao incentivo à doação de sangue, é celebrado o Junho Laranja, que busca difundir informações sobre a anemia e a leucemia, doenças causadas por deficiências nas células sanguíneas.

A anemia é provocada pela queda de hemoglobina no sangue, dificultando o transporte de oxigênio. Um dos principais causadores da baixa nos níveis de hemoglobina podem ser a falta de ferro ou a carência de nutrientes como zinco, vitamina B12. A anemia é um grave problema de saúde pública global. Os principais sintomas da anemia são: cansaço, falta de apetite, palidez de pele, tontura e mucosas na parte interna do olho e gengivas. Em crianças, um dos sinais pode ser a dificuldade no aprendizado e concentração. A Organização Mundial da Saúde estima que 42% das crianças com menos de 5 anos de idade e 40% das mulheres grávidas em todo o mundo são anêmicas.

É possível suplementar a dieta com ferro ou nutrientes se a deficiência for evidenciada.

É preciso ter a recomendação de um profissional de saúde em busca de uma complementação dietética ou da solução de uma deficiência. É importante salientar que as vitaminas em excesso também podem fazer mal. A gente observa isso em fases onde existem modismo de uma vitamina ou outra. No momento, a vitamina D é muito divulgada, administrada e pode levar, sim, à toxicidade. Casos de grandes doses de vitamina A, por exemplo, em um tempo prolongado pode contribuir para cirrose hepática.

LEUCEMIA E TRANSPLANTE

Já a leucemia é causada pela produção desenfreada de glóbulos brancos pela medula óssea. As células sanguíneas sofrem uma mutação e passam a atuar de maneira defeituosa, substituindo as células saudáveis do corpo e resultando na queda brusca da imunidade corporal. Entre os sintomas estão palidez, cansaço, infecções persistentes, hematomas, fraqueza, febre, dores nas articulações e anemia.

A medula óssea é um tecido líquido que ocupa a região interior dos ossos. Por meio dela, o organismo é capaz de produzir células sanguíneas, como os glóbulos brancos, vermelhos e as plaquetas. Quase como uma “fábrica” de sangue, as células da medula recebem o nome de células-tronco, uma vez que dão origem à novas células sanguíneas. Sua produção é condicionada pelo próprio organismo. No entanto, doenças como leucemias e linfomas comprometem a produção das células sanguíneas e exigem a substituição por uma medula óssea saudável. E é nesse contexto que a doação de medula óssea se torna tão importante e capaz de salvar vidas. O transplante pode ocorrer com procedimentos cirúrgicos ou por retirada intravenosa. No primeiro caso, a medula é retirada dos ossos da bacia e a recuperação é bem rápida. Já na segunda, chamada de aférese, o doador recebe um medicamento que possibilita que as células da medula sejam retiradas pelas veias do braço.

O transplante de medula óssea está entre os principais métodos de tratamento de leucemia.

Para ser um doador, é preciso se cadastrar no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea, o Redome. Para isso, é necessário ter entre 18 e 35 anos, possuir documento de identificação oficial com foto, um bom estado de saúde e não ter nenhuma doença impeditiva para cadastro e doação de medula óssea. É possível encontrar os hemocentros mais próximos da sua residência aptos a receber cadastros e conferir a lista de doenças impeditivas em redome.inca.gov.br.

Para emergências:        +55 21 3262-0100