Sempre que pacientes célebres descobrem um diagnóstico para câncer, como as cantoras Simony e Preta Gil – que tratam câncer no intestino – ou o ator Carlos Villagran, do personagem Quico (Chaves), que revelou um câncer de próstata esse mês, cresce o interesse público a respeito da doença, como evitá-la e por que acomete alguns indivíduos.

O câncer pode surgir em qualquer parte do corpo. Entretanto, alguns órgãos são mais afetados do que outros; e cada órgão, por sua vez, pode ser acometido por tipos diferenciados de tumor, mais ou menos agressivos. Entre eles está o pulmão, o mais comum entre os tumores malignos, apresentando aumento de 2% ao ano na sua incidência mundial. Em 90% dos casos diagnosticados, o câncer de pulmão está associado ao consumo de derivados de tabaco.

O câncer não tem uma causa única. Há diversas causas externas (presentes no meio ambiente) e internas (como hormônios, condições imunológicas e mutações genéticas). Os fatores podem interagir de diversas formas, dando início ao surgimento do câncer.

FATORES DE RISCO

Os fatores associados ao aumento do risco de se desenvolver uma doença são chamados “fatores de risco”. O mesmo fator pode ser de risco para várias doenças – o tabagismo e a obesidade, por exemplo, são fatores de risco para diversos cânceres, além de doenças cardiovasculares e respiratórias. Pesquisadores do Reino Unido revelam, em novo estudo, que o sobrepeso, mesmo sem comorbidades, está diretamente relacionado com uma maior incidência de 13 tipos diferentes de câncer. A descoberta é resultado de uma meta análise que comparou informações de quase 600 mil adultos disponíveis nos bancos de dados UK Biobank e EPIC (Investigação Prospectiva Europeia sobre o Câncer e Nutrição, em inglês). Já um trabalho publicado na revista científica Nutrients, analisou 13 estudos clínicos randomizados e controlados diferentes, englobando um total de mais de 1,5 mil pacientes. Os resultados também revelam que é necessária uma abordagem holística do problema, promovendo mudanças completas do estilo de vida, e não apenas na alimentação ou na prática de exercícios separadamente.

Mesmo fazer pouca atividade – como dar passos lentos ao longo do dia – melhora um pouco em comparação com ficar completamente sedentário, de acordo com um estudo de 2021 com 2 mil homens e mulheres de meia-idade. Mas benefícios maiores surgem quando você começa a andar mais rápido, o que aumenta a frequência cardíaca e respiratória.

As diretrizes federais de saúde recomendam 150 a 300 minutos de atividade aeróbica de intensidade moderada por semana, como caminhada rápida, ou metade disso para atividades vigorosas. Isso pode sugerir que correr é duas vezes melhor que caminhar. Mas, quando se trata de longevidade, alguns estudos descobriram que correr é ainda mais eficaz do que isso.

A prevenção do câncer engloba ações realizadas para reduzir os riscos de ter a doença. O objetivo da prevenção primária é impedir que o câncer se desenvolva. Isso inclui evitar a exposição aos fatores de risco de câncer e a adoção de um modo de vida saudável, combinando boa alimentação, atividade física e bem-estar.

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