Após a comoção com o transplante de coração do apresentador Faustão, um projeto de lei está em discussão na Câmara de Deputados para tornar qualquer cidadão um doador de órgãos, sem necessidade da manifestação dessa vontade anteriormente à morte. Neste 27 de setembro, Dia Nacional da Doação de Órgãos, o assunto ganha repercussão porque o regime de urgência para o projeto foi aprovado na semana passada, dia 19.

Dessa forma, a proposta não será analisada em comissões, indo direto para o plenário em tramitação recorde de tempo. Se aprovado, o texto estabelece que, depois da morte, a doação é presumida por lei, exceto se a pessoa tenha expressado anteriormente que não quer ser um doador. A manifestação pode ser feita em qualquer meio “legalmente permitido”, como em um comunicado aos familiares.

A alteração na legislação, para doação presumida, pode diminuir a fila de transplantes e ajudar muitas pessoas, alega o filho do apresentador, João Guilherme Silva.

Segundo dados da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), a fila de transplantes ultrapassa 50 mil indivíduos. A maioria dos pacientes aguarda um transplante de rim, seguido por córnea, fígado, coração e pulmão. O porcentual de recusa, em 2022, foi de 47%, conforme a ABTO, atingindo um recorde.

Não podem ser doadores: Pacientes com diagnóstico de tumores malignos (com algumas exceções), doença infecciosa grave aguda ou algumas doenças infecto-contagiosas. Existem outras condições que impedem a doação de órgãos, cuja decisão é feita de maneira muito cuidadosa pelas equipes de transplante.

Um único doador falecido pode salvar mais de oito vidas, podendo doar coração, pulmão, fígado, os rins, pâncreas, córneas, intestino, pele, ossos e válvulas cardíacas.

Já o doador vivo pode doar um Rim, Medula Óssea (se compatível, feita por meio de aspiração óssea ou coleta de sangue); parte do fígado (em torno de 70%) e parte do pulmão (em situações excepcionais).

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