Comemorado em 8 de agosto, o Dia Nacional de Combate ao Colesterol traz um alerta para os riscos de doenças. O descontrole do colesterol, por exemplo, pode levar ao infarto e a insuficiência cardíaca.

Embora o excesso de peso esteja associado a problemas de saúde, o que determina uma eventual complicação no coração não é exatamente o quanto uma pessoa tem de massa corpórea (o quanto ela pesa), mas sim os locais do corpo em que a gordura se acumula. 

Segundo especialistas, a gordura subcutânea, que se caracteriza por ser aquela em que se consegue “beliscar” — ou aquela que causa as celulites —, é benigna. Ou seja, se não estiver em excesso, não leva a graves problemas de saúde.

Diferente da gordura visceral, que é considerada a mais perigosa pelos cientistas. Esse tipo de gordura é encontrado na área do abdômen (que leva ao aumento da barriga), nas regiões superiores, como o pescoço, e também dentro dos músculos, onde aumenta os riscos de levar uma pessoa a ter problemas cardíacos.

Porém, não há uma forma de perder gordura somente nos locais mais perigosos. O que significa que somente uma mudança de estilo de vida e a redução geral da gordura corporal são capazes de prevenir os problemas mais graves.

COLESTEROL BOM E RUIM

O colesterol dito “ruim” é o LDL colesterol – abreviatura em inglês para “Low Density Lipoprotein” ou lipoproteínas de baixa densidade -, o tipo de colesterol que facilita o depósito de gordura na parede dos vasos sanguíneos. O colesterol “bom” é o HDL colesterol – abreviatura em inglês para “High Density Lipoprotein” ou lipoproteínas de alta densidade, e é responsável pela “limpeza” do sistema cardiovascular, fazendo o transporte reverso da gordura acumulada nas paredes das artérias.

COLESTEROL ALTO

Tanto o colesterol HDL “bom” quanto o LDL “ruim” são enviados do fígado para a circulação. Estima-se que cerca de 85% dos níveis de colesterol ruim são secundários à secreção pelo fígado, enquanto que 15% são provenientes da dieta. Níveis altos de LDL no sangue são um importante fator de risco para problemas no coração, entre eles a doença das artérias que podem determinar a angina ou o infarto. Além disso, também estão relacionados a outros tipos de complicação como doenças da principal artéria do corpo – a aorta, além de demência e acidente vascular encefálico – o derrame cerebral. Por outro lado, níveis altos de HDL podem conferir algum grau de proteção para estas doenças.

TRATAMENTO

Pacientes que têm níveis muito altos de colesterol LDL precisam fazer dieta com baixo teor de gorduras consideradas ruins (saturadas). Associada a exercício físico aeróbico regular, podem reduzir entre 15 a 20% os níveis desse tipo de gordura no sangue e, consequentemente, atenuar as chances de complicações, como o infarto.

Por outro lado, alguns pacientes precisam, além da modificação de estilo de vida, de medicamentos específicos para reduzir o colesterol ruim. É o caso das “estatinas” e de um outro medicamento chamado de ezetimiba. Os primeiros reduzem a secreção de colesterol ruim pelo fígado pela inibição de uma enzima específica. Já a ezetimiba inibe a absorção de colesterol nas alças intestinais. Essas drogas podem ser usadas de forma isolada (sozinhas) ou em combinação.

PREVENÇÃO

O estilo de vida está ligado aos hábitos alimentares e ao grau de atividade física, fatores que influenciam diretamente a saúde da população. Ter um estilo de vida saudável, ou seja, praticar exercícios físicos e ter uma dieta equilibrada como parte da rotina é fundamental nesse sentido. Mas alimentar-se bem não é, necessariamente, restringir totalmente determinados alimentos. O ideal é manter um equilíbrio entre essas escolhas e entender o que pode contribuir para o bom funcionamento do corpo.

ALIMENTAÇÃO

O azeite contém gordura monoinsaturada, que além de limpar as artérias do colesterol ruim, também ajuda na ação da insulina, responsável por levar a glicose para dentro das células (o excesso de glicose no sangue pode levar a diabetes). A gordura visceral, mesmo tipo da encontrado dentro dos músculos, é prejudicial à saúde porque impede o funcionamento adequado da insulina.

Presente em frutas cítricas e cereais, as fibras solúveis também são aliadas na luta contra a gordura visceral porque funcionam como uma “esponja” no sistema digestivo. Na prática, as fibras absorvem gordura e açúcares de alimentos ingeridos, e impedem que isso seja feito pelo organismo. Além disso, outra ação importante das fibras é a sensação de saciedade. Esse tipo de substância está presente em frutas, como: abacaxi, maracujá, kiwi, acerola, limão, entre outros alimentos cítricos.

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