O Inca (Instituto Nacional do Câncer) estima quase 72 mil novos casos de câncer de próstata em cada ano até 2025.
Para reforçar a conscientização do homem sobre as doenças urológicas e o perigo de um diagnóstico tardio, a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) começou nesse mês a campanha do Novembro Azul. Como o exemplo do Outubro Rosa contra o câncer de mama, nesse período as marcas trocam suas cores para chamar atenção para a causa.
A essência da campanha Novembro Azul é o combate ao câncer de próstata, mas envolve o estímulo à população masculina para a realização de consultas médicas periódicas e visa promover a adoção de hábitos de vida saudáveis, a prática de atividade físicas e a alimentação balanceada. O exemplo de cuidados preventivos dado pelas mulheres deve ser seguido pelos homens que desejam usufruir de mais qualidade de vida.
Como comparação, as mulheres mais jovens (12 a 18 anos) vão às consultas 18 vezes mais que os rapazes dessa idade no Sistema Único de Saúde (SUS), informa um levantamento da Sociedade Brasileira de Urologia. Além disso, a vacinação contra o HPV teve mais êxito entre as meninas que em meninos.
EXAME DIAGNÓSTICO
Estados e municípios devem aproveitar esse momento para trazer conscientização sobre o cuidado integral à saúde do homem, e não apenas realizar o máximo de exames para detecção de câncer de próstata no mês. É que existam algumas controvérsias a respeito da necessidade de se rastrear todos os homens com o toque retal e a dosagem de PSA no sangue, pois embora seja importante o diagnóstico precoce para detecção do câncer em estágios iniciais, revisões sistemáticas recentes identificaram que o rastreio aumenta significativamente o número de novos casos, mas sem redução significativa da mortalidade. Em outras palavras, faz-se o que muitos médicos chamam de “sobrediagnóstico”: a detecção de tumores que não necessariamente trazem impacto na vida do paciente.
Alguns sinais e sintomas, embora não específicos do câncer de próstata, podem ser encontrados e merecem muita atenção:
- Sangue na urina ou no sêmen
- Micção frequente
- Fluxo urinário fraco ou interrompido
- Noctúria (levantar-se diversas vezes à noite para urinar)
Procure sempre consultar-se com um médico, cuide dos sintomas e da saúde.